Violência contra a mulher no mercado de trabalho é tema de cartilha do MPT

Ação do MPT integra campanha mundial promovida pela ONU sobre “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”(Foto: Fernando Frazão, EBC)

Como parte da campanha mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou, nesta quarta-feira (5), a cartilha “O ABC da violência contra a mulher no trabalho”. O guia traz temas como o assédio moral e sexual nas empresas, divisão sexual no trabalho e a cultura do estupro, com o objetivo de estabelecer canais de denúncias e levantar a discussão sobre a igualdade de gênero no ambiente laboral.

Só no último ano, o MPT recebeu mais de 300 denúncias de assédio sexual contra a mulher no trabalho e, de acordo com especialistas, o número de casos de violência por discriminação de gênero só não é maior por vergonha e medo das vítimas. “Muitas vezes (o assédio) ocorre por achar que, a colega do trabalho ou a sua empregada, ela pode inclusive ser um objeto sexual, de discriminação, licitação e humilhação. E essa mulher intimidada com a situação acaba se calando, silenciando e não denunciando a prática muitas vezes até para evitar a perda do emprego”, afirma a procuradora do Trabalho Sofia Vilela Moraes e Silva.

Fonte: www.redebrasilatual.com.br