
A taxa média de desemprego no país parou de subir em 2018, passando para 12,3%, ante 12,7% no ano anterior, mas a informalidade no mercado de trabalho está em seu nível mais alto e o desalento aumentou, segundo o IBGE, que nesta quinta-feira (31) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Um ano depois da, o número de desempregados é estimado em 12,836 milhões, 3% a menos do que em 2017, mas 90,3% a mais em comparação com 2014, menor nível da série histórica: 6,743 milhões.
A pesquisa mostra que o número de empregados com carteira assinada, 32,929 milhões, é o menor da série. Em 2014, por exemplo, eram 36,610 milhões de trabalhadores formais. A queda nesse período é de 10,4%. E o total de empregados sem carteira aumentou para o maior nível, 11,189 milhões, assim como o de trabalhadores por conta própria, com 23,340 milhões – como lembra o IBGE, “pouco mais de um quarto da população ocupada no país”.
Também bateu recorde o número de empregados domésticos: 6,242 milhões. Desse total, menos de um terço (29,2%) tinha carteira assinada, de novo no menor nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O total de ocupados no Brasil foi estimado em 91,861 milhões, expansão de 1,3% no ano, ou aproximadamente 1,2 milhão a mais do que em 2017. Mas, enquanto o emprego com carteira recuou 1,2%, o trabalho sem carteira e por conta própria cresceu 4,5% e 2,9%, respectivamente.
Outro recorde foi o de pessoas desalentadas – aquelas que desistiram de procurar trabalho. Foram 4,736 milhões no ano passado. Eram 1,532 milhão em 2014, segundo o IBGE. Assim, em quatro anos o número triplicou.