Relatório aponta risco de danos em 80% dos reservatórios potiguares

Cerca de 80% das barragens ou reservatórios potiguares com capacidade de armazenamento superior a 3 milhões de metros cúbicos apresentam índices altos para a categoria de risco e possibilidade de dano ambiental, segundo aponta um levantamento do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN). Os dados são de 31 das 60 inspeções feitas este ano pela equipe técnica do instituto, mas ainda são parciais. Os relatórios restantes destas inspeções estão sendo concluídos. Até o final de 2019, outras 60 inspeções devem ser realizadas, também gerando relatórios.

Para o IGARN, “é importante esclarecer que a categoria de risco (CRI) é um índice de segurança que faz aumentar a responsabilidade do empreendedor responsável pelo reservatório, de forma que ele tenha ciência do risco. Para isso, a barragem precisa receber manutenção continuada e o responsável sempre deve manter atualizado o Plano de Segurança de Barragem”. O Dano Potencial Associado (DPA), “é o que classifica o risco ambiental, socioeconômico e potencial de perda de vidas humanas que a barragem pode causar se ela vier a romper, sem necessariamente indicar algum perigo disso ocorrer”, informa o relatório parcial.

O IGARN, após a consolidação das inspeções, emitirá notificações aos empreendedores responsáveis pelos reservatórios. “Em 2018, o IGARN realizou 65 vistorias nas barragens do estado. Já este ano, a meta é realizar 120 vistorias. No âmbito geral, as barragens apresentam aspectos similares, ou seja, necessitam de manutenções preventivas periódicas”, destaca o documento. O objetivo das inspeções é evitar que se repitam incidentes como o ocorrido em abril, na região Central, entre os municípios de Santana do Matos e Fernando Pedroza, pondo em sério risco a barragem São Miguel II.

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