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Impacto ambiental e social do óleo vazado ainda é incalculável


Vazamento foi detectado em 30 de agosto, na Paraíba, e se alastrou pelo Nordeste; Na foto, um mutirão limpeza da praia do Suape (PE) (Foto: Leo Domingos)

Entidades de atuação ambiental que acompanham o derramamento de óleo na costa do Nordeste afirmam que ainda não é possível mensurar todos os impactos causados pelo produto até o momento. É o que aponta, por exemplo, o gerente de Clima e Energia da ONG Greenpeace no Brasil, Ricardo Baitelo. Ele destaca que as características do vazamento dificultam a contabilização dos danos já apresentados. “Esse não é um vazamento comum, como houve em 2010, no Golfo do México, ou em 2011, no Rio de Janeiro, provocado pela Chevron. A gente não tem como localizar uma grande mancha que pode ser contida através de barreiras. Ele é totalmente pulverizado, de difícil localização por via aérea, a gente viu casos, como, por exemplo, no Maranhão, onde foi feita a limpeza e depois chegou mais óleo na região”, relata.


O vazamento foi detectado no final de agosto, quando uma mancha de óleo surgiu em Praia Bela (PB), no dia 30. Aos poucos, a substância foi se alastrando e hoje atinge todos os estados da região Nordeste. Segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), até o último sábado (19), 200 localidades haviam sido atingidas. No caso da fauna animal, o último boletim do órgão, atualizado nesta segunda-feira (21) pela manhã, indica já terem sido encontrados 39 animais afetados pelo óleo. Desses, houve 18 tartarugas marinhas mortas e 11 vivas, cinco aves mortas e três sobreviventes, além de um peixe e um réptil mortos.


O levantamento, no entanto, não contabiliza determinados registros feitos por organizações de caráter ambiental em alguns pontos do Nordeste. No Piauí, por exemplo, o Instituto Tartarugas do Delta notificou duas ocorrências de tartarugas mortas em Luiz Correia, norte do estado, enquanto o Ibama registra apenas um caso, que ocorreu em Ilha Grande. Situação semelhante se dá no Rio Grande do Norte, onde o Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB) contabiliza um total de nove animais oleados no litoral, sendo seis mortos e os demais sobreviventes, que estavam com o corpo total ou parcialmente afetado pelo produto. A conta do Ibama registra somente cinco casos totais para a região. Para o coordenador do PCCB, vinculado à Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Flavio Lima, o problema pode ser bem maior que o já observado.

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