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Agronegócio nada 'pop' e insensível


Expansão das plantações de monocultura, além de 87 corporações do setor que possuem sede em 30 países, orientam e dominam a cadeia produtiva e o uso do agrotóxicos pelo agronegócio. Esses são alguns dos dados apontados pelo Atlas do Agronegócio 2018, que terá lançamento oficial nesta terça (4), no Rio. O estudo é uma iniciativa das fundações Heinrich Böll e Rosa Luxemburgo e traz artigos e dados que mostram os vários ângulos – e problemas – da atuação do agronegócio no Brasil e no mundo. Segundo uma das organizadoras do estudo, Maureen Santos, o objetivo da pesquisa é desmistificar a falsa propaganda de que o "o agro é pop".


"O Atlas questiona essa propaganda, será que o agro é tão pop assim? É tudo assim como eles falam? O grande pop do agro é o glifosato", questiona ela, ao lembrar da liberação do agrotóxico feita pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), nesta segunda-feira (3). "A decisão da justiça a gente vê como uma tragédia", acrescenta a coordenadora de Justiça Socioambiental da Heinrich Böll, à Rádio Brasil Atual.


Entre as 87 empresas, então gigantes do setor de bebidas e carnes, como a Coca-Cola, AmBev, JBS e a Unilever, incluindo também multinacionais de tecnologia como a IBM, a Microsoft e a Amazon, atraídas para a produção agrícola. "O Atlas traz esse elemento da concentração, como essas grandes empresas, na verdade são cada vez menores os número delas, e elas vêm concentrando de ponto a ponto e criando essa distância cada vez maior entre o produtor e o consumidor", explica a especialista.


"Muitas vezes você acha que está comprando uma marca diferente, e na verdade são da mesma empresa. Essa falta de informação sobre aquele produto, a forma como ele é concebido, de onde ele vem, isso cada vez mais está distanciando o consumidor da origem do local em que ele é produzido", diz ela.

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